Domingo, 05 de novembro de 2023
Após a consolidação do segundo lugar do Grupo D da Liga Europa frente aos polacos do Raków na passada quinta-feira, os Leões visitaram o estádio do eterno rival, à procura de aumentar a liderança isolada do campeonato para 6 pontos.
Com os regressos de Morita e Gyökeres como opções para o dérbi, Rúben Amorim incluiu os dois jogadores no 11 inicial, que não apresentou grandes surpresas face ao que era esperado. Possivelmente a única surpresa neste 11 terá sido a titularidade de Matheus Reis em deferimento de Nuno Santos.
A equipa de Alvalade entrou bem em campo, tendo sido uma primeira parte com maior ascendente para os verde e brancos. Ainda assim, nas investidas ofensivas do adversário, os jogadores do Sporting CP acabaram por recorrer à falta algumas vezes, tendo já aos 22 minutos dois dos centrais amarelados, Coates (15') e Gonçalo Inácio (22'). Os Leões, no primeiro tempo, conseguiram um total de 7 remates, sendo apenas 3 deles direcionados à baliza. O inevitável do costume, Viktor Gyökeres, conseguiu o único remate certeiro dos Leões, à passagem do minuto 45, fazendo assim o 1-0 para o Sporting CP, resultado com que terminou a primeira parte.
Para o segundo tempo, e sem qualquer alteração por parte das equipas, a equipa da casa sabia que tinha que dar a volta ao marcador para dar um "pontapé" nos últimos resultados mais desagradáveis. Num lance de ataque dos encarnados aos 57 minutos, pela ala direita, Gonçalo Inácio derruba Rafa, onde o árbitro da partida dá a lei da vantagem e, após a bola sair das 4 linhas, mostra o 2º cartão amarelo ao jovem central português e o respetivo cartão vermelho. Se já se esperava uma segunda parte com a equipa da casa a querer dar a volta e ser mais pressionante ofensivamente, então o cenário para os Leões tinha acabado de piorar. estava pela frente mais de meia hora de jogo a jogar apenas com 10 unidades. Se um plano de jogo bem definido pode não correr bem, então quando se juntam estas adversidades, pior! Rúben Amorim foi assim obrigado a abdicar do criativo e desiquilibrador do ataque, Marcus Edwards, para recolocar uma defesa a 5, fazendo entrar St. Juste para colmatar a ausência de Inácio. O Sporting CP entrava assim num estilo de jogo muito mais defensivo e com as linhas mais fechadas e recuadas, para tentar aguentar a pressão feita pelo adversário. Em toda a segunda parte, os Leões apenas conseguiram 1 remate, não tendo sido este sequer direcionado com a baliza, contra 8 tentativas de golo adversárias. De realçar que o guarda-redes leonino, António Adán, fez a sua primeira defesa no jogo ao minuto 77. Foi uma segunda parte com muita insistência encarnada, junta com diversos lances e faltas de ambas as partes, tendo apenas havido 2 cartões amarelos para cada equipa. Com algumas paragens pelo meio, o jogo iria prolongar-se mais 6 minutos após os 90 regulamentares.
Como diz o ditado, "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" e assim foi. Na sequência de um pontapé de canto, aos 90+4', o jovem João Neves fez o empate no jogo. A equipa da casa acreditou que poderia completar a reviravolta e acabou mesmo por conseguir no último lance do encontro, aos 90+7'.
Fica um sabor amargo para uma equipa que aos 90 minutos tinha 6 pontos de vantagem sobre o segundo classificado e acaba o jogo em igualdade pontual.
Numa nota mais pessoal, quero realçar o espírito de equipa e a união dos nossos jogadores. A jogar quase toda a segunda parte reduzidos a 10, os nossos jogadores mostraram-se capazes de conseguir aguentar e deram muita esperança aos seus adeptos. Senti-me com esperança até ao final do jogo e sinto-a também até ao final do campeonato. Somos muito fortes em todos os sentidos. A união faz a força e nós, todos juntos, somos mais fortes! Aos milhares de Sportinguistas que se fizeram ouvir, ainda que em minoria, no estádio do rival, um muito obrigado pela vossa presença!
Que em maio possamos festejar todos juntos. Jogo a jogo. Lado a lado.
Saudações Leoninas,
J.R.
